PROFESSORES DO BRASIL

Projetos originais levam Santa Catarina à final de premiação de professores

Vencedoras da etapa regional, elas vão receber R$ 7 mil, viagem à Irlanda para participação em programa de capacitação

As professoras Diana Aparecida Feuser Ribeiro, de Joinville; Elisangela Marina de Freitas e Silva, de Florianópolis; Caroline Pereira, de Alfredo Wagner; Josiane Mendes Bezerra, de Bombinhas - todas de Santa Catarina - vão disputar a final do Prêmio Professores do Brasil, em dezembro. Vencedoras da etapa regional, elas vão receber R$ 7 mil, viagem à Irlanda para participação em programa de capacitação apoiado pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), troféu e equipamentos de informática com conteúdo educativo para as escolas em que trabalham. Agora, elas estão entre os 30 profissionais de todo o país que seguem para a grande final.

A professora Diana, do Centro de Educação Infantil Castelo Branco, foi vencedora na categoria educação infantil/creche com o projeto Sali koman ouye? Entrelaçando as culturas haitianas e brasileiras no processo de adaptação das crianças do berçário I. Ela conta que o projeto surgiu a partir da ideia de atender crianças e a família no momento da adaptação dos pequeninos na escola. Primeiro, foi feita uma reunião com os pais. Além da família de imigrantes haitianos, a professora descobriu que grande parte dos pais vieram de outras regiões do país.

"Fizemos uma pesquisa com eles e, a partir daí, foram propostas diversas atividades para as crianças vivenciarem as diversas culturas e, também, que vivenciassem a rotina que têm em casa, com ajuda de fotos e brinquedos. Fizemos da escola uma extensão da casa, tornando esse período de adaptação mais agradável para as crianças", detalha.

História - Já a professora Caroline Pereira, da Escola de Educação Básica Silva Jardim, foi vencedora da categoria ensino fundamental/quarto e quinto anos com o projeto As aventuras de Eva Schneider. A proposta foi ensinar a história do município de maneira envolvente para os estudantes. "Foi baseado na criação de material formado por contos, em que a protagonista Eva Schneider, de 12 anos, vivia diversas aventuras na nossa cidade. Com isso, contava a história e repassava aos alunos princípios éticos. Além de conteúdos como ocupação do território, imigração, indígenas de Santa Catarina, mapas, contos populares, escravidão, animais endêmicos", detalha.

Para isso, foram produzidos textos de diversos gêneros, como contos e histórias em quadrinhos. Sempre utilizando os recursos da sala de tecnologia educacional para a produção do material. "O projeto rompeu os muros da escola. Foi amplamente acolhido pelas famílias e nós conseguimos lançar o livro, que está sendo utilizado em outras escolas para ensinar a história do município e da região."

Inclusão - A professora Elisangela, da Escola EBM Intendente Aricomedes da Silva, foi a vencedora na categoria ensino fundamental/sexto ao nono ano com o projeto História na ponta dos dedos: a acessibilidade ao conteúdo de pré-história. O objetivo, conta, foi ensinar o conteúdo de pré-história para uma turma de sexto ano, onde havia um estudante cego. 

"O desafio foi levar o aprendizado para a ponta dos dedos de toda a turma. Tocar e experimentar passaram a ser estratégias coletivas", disse. "A partir do conceito de desenho universal para aprendizagem, duas práticas foram planejadas: a construção de um painel tátil representando a arte rupestre, feito com massa corrida e areia, criando textura. Em seguida, realizamos uma expedição arqueológica ao bosque da escola, com a caraterização de artefatos dos diversos momentos da humanidade." 

Além de ensinar sobre a pré-história, o projeto ajudou os estudantes a perceber a riqueza de conviver com a diversidade, garante a professora.

Pesca - A professora Josiane, da Escola EEB Maria Rita Flor, por sua vez, foi vencedora na categoria ensino médio com o projeto Fazendo e acontecendo: pesca artesanal da tainha. "Esse aprendizado recebeu o formato de escola viva, em que os alunos aprenderam com saberes da tradição local. Na primeira etapa, os estudantes visitaram ranchos de pesca artesanal e aprenderam com os pescadores locais. Na segunda etapa, de pesquisa técnico-científica, compuseram 12 pôsteres, e em cada um foi contada a história da pesca da tainha com o pirão, que é um acompanhamento tradicional. Na terceira etapa, transmitiram os conhecimentos adquiridos."

Em seguida, os pescadores foram homenageados com uma releitura do curta-metragem Antes do Inferno, dedicado a pesca da tainha. "O aprendizado dos alunos foi com os laços que eles desenvolveram com a comunidade local. Meu aprendizado foi a escola sem muros, que permite a interação do conhecimento entre comunidade e alunos", destaca.

Da lista dos 30 ganhadores regionais, sairão os nacionais - seis, ao todo, sendo um de cada categoria: educação infantil/creche, educação infantil/pré-escola, ensino fundamental/ciclo de alfabetização, ensino fundamental/quarto ao quinto ano, ensino fundamental/sexto ao nono ano e ensino médio. O anúncio está previsto para a primeira quinzena de dezembro, em cerimônia de premiação.

Especial - Outros 15 professores foram selecionados na categoria temáticas especiais em todo o país. Os vencedores dessa categoria serão premiados de acordo com a área na qual estão inscritos. Entre as premiações, estão uma viagem de uma semana a Londres para participação em atividades educativas, palestras e visitas a museus; R$ 5 mil em dinheiro; e visita ao Núcleo de Alto Rendimento Esportivo de São Paulo.

Concurso - Esta é a décima edição do Prêmio Professores do Brasil, que tem o objetivo de reconhecer e divulgar o trabalho de docentes que contribuam para a melhoria da educação básica, valorizando e estimulando seu papel na formação das novas gerações. Participam do concurso educadores de escolas públicas de todo o Brasil. Além dos prêmios já recebidos, os ganhadores da etapa nacional receberão mais R$ 5 mil cada e troféu.

Confira os ganhadores da etapa regional e das temáticas especiais.


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