Quantidade de processos por erro médico cresce 140% em quatro anos

CFM admite que há problemas mas destaca o peso da má formação dos profisisonais nos casos de erro

Os casos de falhas de profissionais da Saúde cresceram 140% em quatro anos, segundo levantamento do número de processos movidos por erro médico que chegaram ao Superior Tribunal de Justiça (STJ). Os dados obtidos pelo Estado de S. Paulo mostram que entre 2010 e 2014, os recursos saltaram de 260 para 626.

No ano passado, foram 626 processos – casos julgados nos tribunais estaduais que passam para a esfera superior quando uma das partes entra com recurso. No período, 18 profissionais tiveram registros cassados pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) e outros 625 receberam outros tipos de punições por agir com imprudência, imperícia ou negligência, práticas que caracterizam o erro médico.

Além de baixa preocupação de alguns profissionais e unidades de Saúde com a qualidade do serviço prestado, problemas estruturais dos hospitais, falta de mão de obra, baixa remuneração e longas jornadas de trabalho são apontados como fatores de falhas no atendimento médico. Segundo o especialista, o advogado Julius Conforti, "outro fator importante que explica esse aumento do número de ações judiciais é a quantidade alucinante de cirurgias plásticas realizadas no Brasil".

O corregedor do CFM, José Fernando Vinagre, admite que há problemas na qualidade do serviço prestado e nas condições de trabalho oferecidas aos médicos, mas destaca também o peso da má formação nos casos de erro. "As faculdades têm sido abertas sem critérios técnicos, sem a certeza de que vão oferecer aos alunos um ensino adequado", diz ele.

 


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