No início da tarde de quarta-feira, 27, o desabamento de parte da arquibancada da Arena Corinthians, estádio definido para receber a abertura da Copa do Mundo de 2014, deixou ao menos dois mortos, segundo o Corpo de Bombeiros de São Paulo. O acidente fez com que veículos de comunicação enviassem jornalistas ao local.

Foi o que fez a Folha ao destacar uma equipe para ir até o estádio conhecido como Itaquerão. Porém, um dos colaboradores do diário voltou para a redação sendo tema de outra notícia. Segundo texto publicado pelo site do jornal, o repórter Daniel Vasques foi agredido pelo ex-presidente do Corinthians, Andres Sanchez, e por seguranças da Odebrecht, construtora responsável pelas obras da arena.

“Eles tentaram pegar o celular do repórter e deram socos para quebrá-lo. Operários da Odebrecht que trabalham na obra intervieram para defender o repórter e quase foram agredidos também”, afirma a Folha, ao ressaltar que o episódio só não terminou de forma pior porque operários foram ajudar Vasques e “quase foram agredidos também”.

A Folha ainda publica que um policial coagiu o seu colaborador, forçando-o a apagar do celular os registros do que ocorreu nesta tarde na Arena Corinthians. “Depois, um policial militar que estava no local disse para Vasques entregar o celular para os seguranças de Andres e ao cartola, mas o jornalista se negou. Intimidado, o repórter, no entanto, foi obrigado a apagar todas as fotos tiradas do ocorrido”.

Em seu site oficial, a direção do clube paulistano divulgou nota, na qual lamentou as mortes, mas sem comentar a suposta agressão de seu ex-dirigente ao jornalista da Folha. “A diretoria do Sport Club Corinthians Paulista vem a público lamentar profundamente o acidente ocorrido há pouco na Arena Corinthians. Não existem outras informações no momento”.

De acordo com o site da ESPN, Sanchez negou, por meio da sua assessoria de imprensa, que tenha agredido o jornalista. Até o momento, a Odebrecht não se manifestou a respeito da afirmação a respeito das informações publicadas pela Folha. A Polícia Militar também não comentou a postura do membro da corporação que teria intimidado o repórter.