A engenharia e a responsabilidade técnica para a mobilidade urbana, por Carlos Alberto Kita Xavier

A atuação profissional das engenharias e profissões da área tecnológica é indispensável para o planejamento, projeto, execução e manutenção das obras de infraestrutura que proporcionam a mobilidade urbana em nossas cidades. Também são os profissionais da engenharia que desenvolvem as tecnologias capazes de transformar o uso dos modais existentes, criando maior valor aos mesmos.

De acordo com a ONU, em 2030 mais de 70% do total da população da terra estará vivendo em centros urbanos. Há uma necessidade iminente de propor e planejar soluções para alavancar a mobilidade das cidades brasileiras. Florianópolis é a capital com pior mobilidade urbana de trânsito no país e vivenciamos essa triste realidade diariamente, resultado da falta de investimentos no transporte coletivo, aliada às restrições ambientais, como a dificuldade de receber pontes, grandes avenidas, túneis e outras tantas obras.

Por meio dos serviços prestados, da atuação de seus profissionais e de parcerias com diversos órgãos, o CREA-SC está engajado em modificar esse panorama. O Conselho atua em diversas frentes, primando pela valorização profissional da engenharia e setores correlatos, como junto ao Plano Diretor da capital, exigindo o acompanhamento da área técnica, visando encontrar soluções sustentáveis para o crescimento e desenvolvimento do município e região.

 Estamos trabalhando fortemente neste sentido, com a criação do Fórum do Setor Imobiliário, indicando uma equipe de profissionais da área visando à revisão final do Plano Diretor, atentos para as questões da mobilidade urbana, entre elas a mobilidade metropolitana, o anel viário, a hierarquização de vias, as ligações ilha continente, os transportes coletivos e marítimo, além das ciclovias e outros estudos específicos.

Acompanhamos ativamente e prestamos os serviços de fiscalização em obras como a do Contorno Viário da Grande Florianópolis e restauração da Ponte Hercílio Luz; incentivamos projetos de uma quarta ponte para a capital; atuamos em convênios  relacionados à acessibilidade, publicando agora a quarta edição de uma Cartilha Orientativa; e ao longo dos anos participamos junto a órgãos e entidades de inúmeras campanhas para educação e segurança no trânsito, como recentemente, a Moto pela Vida.

Esta sugere propostas como a melhoria da educação para o trânsito; levantamento dos pontos críticos nas rodovias federais e estaduais no Estado de Santa Catarina, no que diz respeito à sinalização, estado de conservação e segmentos com alto risco de acidentes; fiscalização relacionada à segurança e manutenção preventiva nos veículos e a definição de um eixo exclusivo para motocicletas, conforme proposta da PRF/SC, cujo projeto piloto poderia ser implantado na Via Expressa de Florianópolis.

Uma cidade inteligente tem sua mobilidade guiada pelo planejamento urbano aliado à responsabilidade técnica e a dos governantes. É inadiável que os governos municipal, estadual e federal tenham políticas de investimentos no transporte coletivo e mobilidade urbana. Também que as instituições chamem as pessoas ao debate para que possamos discutir nossa realidade e direitos como cidadãos, rumo a um futuro mais eficiente e sustentável, promovendo a transição da posse de produtos para acesso a serviços essenciais à nossa qualidade de vida.

Carlos Alberto Kita Xavier é eng. Civil e de Seg. do Trabalho e presidente do CREA-SC


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